quinta-feira, 20 de março de 2014

Caixa-Preta da Saúde divulga primeiro balanço de reclamações online




A Caixa-Preta da Saúde pontuou o total de 567 denúncias da população brasileira contra o funcionamento do sistema de saúde entre os dias 12 e 17 de março. O serviço online disponibilizado pela Associação Médica Brasileira (AMB) é um canal aberto na internet e nas redes sociais  para as pessoas registrarem as reclamações referentes ao Sistema Único de Saúde (SUS) e aos planos de saúde. 

A demora no atendimento lidera, com 55% das queixas dos usuários de saúde. Em seguida está a falta de remédios com 34% e de material médico-hospitalar, com 28%. São Paulo vem em primeiro lugar, com 144 registros no mapa do Brasil. Pernambuco e o Distrito Federal empatam com 17 reclamações cada.  

Qualquer usuário da internet poderá acessar o conteúdo das denúncias por estado e por município. No mapa do Brasil, Pernambuco aparece com 17 cruzes pretas, sinalizando a localização do denunciante. Os recifenses registraram sete denúncias contra os serviços de saúde prestados na cidade. 

As queixas incluem o atendimento nos postos de saúde, nas UPAs, nos hospitais públicos, nos hospitais filantrópicos, e sistemas de saúde próprios, como o dos policiais militares. Os moradores de Cupira, Petrolina, Limoeiro, Bezerros, Igarassu e Gravatá também marcaram o mapa com as cruzes pretas para denunciar a precariedade da assistência à saúde.  

Florentino Cabral, presidente da AMB, diz que a primeira semana do Caixa-Preta da Saúde foi além das expectativas. “A gente sabe que as pessoas têm medo de fazer as denúncias, mas os registros com fotos e vídeos mostram que o caos na saúde é grande”, pontua. 

Ele acrescenta que a entidade já esperava o número maior de reclamações dos usuários do SUS do que dos planos de saúde. “O sistema público é mais abrangente porque envolve 147 milhões de usuários.” Atualmente, 47 milhões de brasileiros possuem plano de saúde.

Segundo ele, a AMB vai fazer um levantamento mensal das denúncias do Caixa-Preta da Saúde e encaminhar os casos que mais se avolumam nas estatísticas às Promotorias de Saúde do Ministério Público dos estados, para que sejam tomadas as providências.

FONTE: DIÁRIODEPERNAMBUCO

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