terça-feira, 25 de junho de 2013

Segundo ministro da Saúde, governo lançará edital para convocação de médicos brasileiros para trabalhar em áreas isoladas.


Médicos estrangeiros só ocuparão vagas não preenchidas por brasileiros.

Após a presidente Dilma Rousseff anunciar a criação de cinco pactos em resposta à onda de protestos que vem tomando conta de cidades brasileiras há duas semanas, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, deu detalhes de medidas específicas a serem implementadas na área. As medidas para a saúde foram resumidas em quatro pontos principais, dentre elas a polêmica contratação de médicos estrangeiros para atuarem no Brasil. Segundo Padilha, os médicos estrangeiros ocuparão apenas as vagas não preenchidas por profissionais brasileiros nas periferias e no interior do Brasil.


"Nós temos a necessidade de levar médicos para as áreas de carência de vagas, nas periferias de grandes cidades e no interior do Brasil, principalmente no Norte e no Nordeste. Vamos detalhar um edital nacional de chamada para médicos brasileiros que queira trabalhar nessas áreas (interior e periferias) e chamar médicos estrangeiros apenas para vagas que não foram preenchidas", explicou o ministro. "A grande prioridade é chamar o médico brasileiro", garantiu.

Mais cedo, durante a abertura de uma reunião com todos os governadores e prefeitos de capitais do País, Dilma admitiu que a proposta renderia debate com a classe média, contrária à medida, mas argumentou: "precisa ficar claro que a saúde do cidadão deve prevalecer sobre quaisquer outros interesses".

Na área de investimento, Padilha garantiu a aceleração de cerca de R$ 7 bilhões entre o Ministério da Saúde, Estados e municípios. O dinheiro será usado, por exemplo, para construção de mais de 800 hospitais e mais de 800 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Segundo Padilha, há a possibilidade de formação de parcerias público-privadas (PPPs) para a gestão dos hospitais.

Ainda na área de financiamento para a saúde, o ministro afirmou que os prefeitos e governadores presentes ao encontro comandado por Dilma garantiram que o aumento do volume de recursos para a saúde não virá de novos impostos. "Em nenhum momento, tanto governadores como prefeitos anunciaram qualquer proposta de aumento de carga tributária", relatou.

A última medida apresentada para a saúde diz respeito à formação de novos médicos. Segundo os ministérios da Saúde e da Educação, o governo espera criar, até 2017, 11 mil novas vagas de graduação em faculdades de Medicina no País, além de 12 mil vagas de residência de especialização em áreas como pediatria, anestesia e medicina da família.

FONTE: PLANALTO.GOV

Um comentário:

  1. Sou medico Portugues e tenho 63 anos, trabalho em Portugal exclusivamente o Serviço Publico. A partir de 1975, e durante alguns anos os medicos portugueses foram obrigados a trabalhar no interior do pais. Eu participei dessa experiencia, que foi fundamental para a nossa formação como pessoas e como medicos. Portugal era na altura um pais miseravel e não tinha sistema de saude universal e publico. Havia muitas zonas do pais sem qq medico. A partir dai não houve autarca ( prefeito ) que não fizesse barulho se essa experiencia fosse suspensa e que não passasse a exigir o direito à saude para a sua região. Foi essa a base real do serviço de saude publico em Portugal: o povo passou a perceber que tinha direito a algo que nem sabia que existia e nunca mais deixou de o tornar claro a qualquer politico que lhe aparecesse pela frente. o Serviço medico à periferia só acabou com a fixação de medicos no interior.
    Tenho muito orgulho nesse ano longiquo da minha vida! O Brasil é muito maior, os problemas diferentes , mas as vezes uma pequena mudança conta

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