Médicos estrangeiros só
ocuparão vagas não preenchidas por brasileiros.
Após a presidente Dilma
Rousseff anunciar a criação de cinco pactos em resposta à onda de protestos que
vem tomando conta de cidades brasileiras há duas semanas, o ministro da Saúde,
Alexandre Padilha, deu detalhes de medidas específicas a serem implementadas na
área. As medidas para a saúde foram resumidas em quatro pontos principais,
dentre elas a polêmica contratação de médicos estrangeiros para atuarem no
Brasil. Segundo Padilha, os médicos estrangeiros ocuparão apenas as vagas não
preenchidas por profissionais brasileiros nas periferias e no interior do
Brasil.
"Nós temos a
necessidade de levar médicos para as áreas de carência de vagas, nas periferias
de grandes cidades e no interior do Brasil, principalmente no Norte e no
Nordeste. Vamos detalhar um edital nacional de chamada para médicos brasileiros
que queira trabalhar nessas áreas (interior e periferias) e chamar médicos
estrangeiros apenas para vagas que não foram preenchidas", explicou o
ministro. "A grande prioridade é chamar o médico brasileiro",
garantiu.
Mais cedo, durante a
abertura de uma reunião com todos os governadores e prefeitos de capitais do
País, Dilma admitiu que a proposta renderia debate com a classe média,
contrária à medida, mas argumentou: "precisa ficar claro que a saúde do
cidadão deve prevalecer sobre quaisquer outros interesses".
Na área de investimento,
Padilha garantiu a aceleração de cerca de R$ 7 bilhões entre o Ministério da
Saúde, Estados e municípios. O dinheiro será usado, por exemplo, para
construção de mais de 800 hospitais e mais de 800 Unidades de Pronto
Atendimento (UPAs). Segundo Padilha, há a possibilidade de formação de
parcerias público-privadas (PPPs) para a gestão dos hospitais.
Ainda na área de
financiamento para a saúde, o ministro afirmou que os prefeitos e governadores
presentes ao encontro comandado por Dilma garantiram que o aumento do volume de
recursos para a saúde não virá de novos impostos. "Em nenhum momento,
tanto governadores como prefeitos anunciaram qualquer proposta de aumento de
carga tributária", relatou.
A última medida
apresentada para a saúde diz respeito à formação de novos médicos. Segundo os
ministérios da Saúde e da Educação, o governo espera criar, até 2017, 11 mil
novas vagas de graduação em faculdades de Medicina no País, além de 12 mil
vagas de residência de especialização em áreas como pediatria, anestesia e
medicina da família.
FONTE: PLANALTO.GOV
Sou medico Portugues e tenho 63 anos, trabalho em Portugal exclusivamente o Serviço Publico. A partir de 1975, e durante alguns anos os medicos portugueses foram obrigados a trabalhar no interior do pais. Eu participei dessa experiencia, que foi fundamental para a nossa formação como pessoas e como medicos. Portugal era na altura um pais miseravel e não tinha sistema de saude universal e publico. Havia muitas zonas do pais sem qq medico. A partir dai não houve autarca ( prefeito ) que não fizesse barulho se essa experiencia fosse suspensa e que não passasse a exigir o direito à saude para a sua região. Foi essa a base real do serviço de saude publico em Portugal: o povo passou a perceber que tinha direito a algo que nem sabia que existia e nunca mais deixou de o tornar claro a qualquer politico que lhe aparecesse pela frente. o Serviço medico à periferia só acabou com a fixação de medicos no interior.
ResponderExcluirTenho muito orgulho nesse ano longiquo da minha vida! O Brasil é muito maior, os problemas diferentes , mas as vezes uma pequena mudança conta