quarta-feira, 12 de junho de 2013

Revalidação de diploma de médico cai no país com o exame Revalida


O número de revalidação de diplomas de medicina obtidos no exterior sofreu queda expressiva após a criação do Revalida, exame organizado pelo Inep (órgão do Ministério da Educação) para medir os conhecimentos dos candidatos.
Segundo dados divulgados nesta quarta-feira (12) pelo ministro Alexandre Padilha (Saúde), se em 2003 668 médicos tiveram o diploma estrangeiro revalidado no Brasil, em 2012 o número caiu para 121 --uma redução de 5,5 vezes. Em 2011, foram 238 diplomas revalidados.
"Os últimos dois anos foram os anos em que menos se revalidou diplomas de profissionais médicos desde 2001 no nosso país", afirmou o ministro em audiência pública na Câmara dos Deputados.


Padilha defendeu a importação de médicos com diploma estrangeiro como uma das medidas para garantir o aumento de profissionais em áreas onde hoje há carência de atendimento. O ministro afirmou que uma melhor análise sobre o modelo do exame também está em debate.
"Uma das questões é aprimorar o Revalida, como tem sido feito e discutido pelo Ministério da Educação. É um dos caminhos para se aprimorar", afirmou.
O governo estuda alterar o Revalida, para que o exame tenha o mesmo grau de exigência dos cursos nacionais. Uma possibilidade é calibrar a nota de corte pelo desempenho de formandos de medicina na prova.
CUBA
Durante audiência, o ministro foi questionado sobre a qualidade dos médicos de Cuba que aderirem ao programa. Padilha afirmou que "não existe preconceito" da pasta em relação aos profissionais formados no país.

O presidente do CFM (Conselho Federal de Medicina), Roberto D'Ávila, afirmou que a entidade é contrária à entrada de médicos com diploma estrangeiro no Brasil sem antes passarem por uma prova. "Nós somos contra essa autorização especial. Primeiro porque somos um país democrático, onde o direito de ir e vir é fundamental para qualquer pessoa que queira se estabelecer no país. E não é possível deixar de avaliar um médico. Um médico ruim é pior do que nenhum médico", afirmou.

FONTE: FOLHA DE SÃOPAULO

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