Reportagem feita pela gazeta médica da Espanha.
O conselho de Medicina da Espanha recomenda cautela e a
importância de saber filtrar as ofertas.
O sindicato médico da Espanha CESM explica que tem que
tomar em conta a legislação de cada país.
As ofertas procedentes do Brasil e de países árabes como
Qatar tem despertado certo receio da comunidade médica, tanto da organização
médica colegial (OMC) como do sindicato (CESM), que tem tratado de transmitir
certa cautela aos médicos. O país árabe oferece 5.000 vagas para profissionais
para um hospital materno infantil, enquanto o Brasil oferece mais ou menos
4,000 vagas para médicos.
Com 2.400 médicos parados e outros 4.000 procurando outro
emprego os profissionais analisam as propostas dos estrangeiros como
oportunidade que podem ser atrativas para a atual situação que se encontram.
"Diante das propostas temos que ter cautela e saber
filtrar. É importante saber valorizar não só as boas condições econômicas como
também as circunstâncias sociais e o tempo que durará esses empregos
temporários", explica Óscar Gorría, da Organização médica Colegial da
Espanha OMC.
Na mesma linha o Sindicato recomenda aos seus afiliados que
estudem bem as ofertas de trabalho, “Tem que tomar em conta as legislações
civil e penal desses países”.
O Brasil tem dirigido suas propostas a médicos Espanhóis,
Argentinos e Portugueses. O país pretende alcançar um número maior de médicos
com média de 2,7 médicos por cada mil habitantes.
O país latino-americano apresenta dois tipos de ofertas.
Primeira proposta dirige as zonas mais desfavorecidas no
qual os médicos brasileiros não querem trabalhar. A OMC e CESM suspeitam de
tratar-se de uma oferta de cooperação de desenvolvimento de lugares menos
favorecidos do que uma real oferta de trabalho.
A segunda proposta seria para periferias de grandes cidades.
O responsável dos Médicos em formação da Espanha (OMC) explica que a oferta
brasileira esconde uma serie de desvantagens. “São contratados para 2 ou 3 anos
e não oferecem uma convalidação para que o médico possa criar raízes no país
acrescenta”.
FONTE: GAZETAMÉDICA ESPANHA
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