De acordo com o Conselho
Federal de Medicina (CFM) o nível na qualidade do ensino está abaixo do
esperado. Exemplo disso acontece em Porto Velho, capital de Rondônia, que conta
com três faculdades, duas particulares e uma federal que disponibilizam o Curso
de Medicina.
Segundo o acadêmico de medicina
de uma faculdade particular de Porto Velho, José Figueiredo, o grande problema
que os estudantes enfrentam é a falta de um hospital-escola.
Em entrevista ao
portalamazonia.com o acadêmico, que está no último semestre do internato,
explicou que as três instituições de ensino disputam pelos dois únicos
hospitais públicos, o que gera superlotação de estudantes nessas unidades.
“Estagiar no Hospital de Base ou no João Paulo II é um grande tormento para nós
acadêmicos. Infelizmente, convivemos com a triste realidade da superlotação e
temos que enfrentar isso porque simplesmente não temos um hospital – escola”,
afirmou o acadêmico.
Na Universidade Federal de
Rondônia (Unir) a chefe do Departamento de Medicina, Ana Lúcia Escobar, também
afirmou ao portalmazonia.com que a falta de um hospital-escola e a superlotação
nas unidades de saúde é um dos principais gargalos enfrentados pelos 40
acadêmicos de medicina da Unir, que ainda precisam disputar espaço com os
outros estudantes da rede particular.
Segundo Ana, a Universidade
poderia abrir até 80 vagas para o curso de medicina, porém visto que não existe
espaço suficiente para estágio na rede pública, eles permanecem com o número de
vagas reduzidas. “As normas do MEC para o curso de medicina estabelecem que
durante o estágio deve ser disponibilizado cinco leitos para um aluno,
entretanto a realidade é diferente, temos cinco alunos para apenas um leito”,
afirmou a coordenadora.
A solução, segundo Ana, para desafogar
a superlotação de estagiários na rede pública seria a construção do Hospital
Universitário. Porém, a obra está parada desde 2003.
Fonte: Autor: Suelen Viana -portalamazonia.com
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