sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Estudantes de Medicina de Rondônia reclamam da falta de hospital-escola


Cerca de 15 mil novos médicos são formados no Brasil por ano. Atualmente, são mais de 197 Instituições de Ensino espalhadas pelo País, destas 114 são particulares, o que corresponde a 58%.
De acordo com o Conselho Federal de Medicina (CFM) o nível na qualidade do ensino está abaixo do esperado. Exemplo disso acontece em Porto Velho, capital de Rondônia, que conta com três faculdades, duas particulares e uma federal que disponibilizam o Curso de Medicina.
Segundo o acadêmico de medicina de uma faculdade particular de Porto Velho, José Figueiredo, o grande problema que os estudantes enfrentam é a falta de um hospital-escola.




Em entrevista ao portalamazonia.com o acadêmico, que está no último semestre do internato, explicou que as três instituições de ensino disputam pelos dois únicos hospitais públicos, o que gera superlotação de estudantes nessas unidades. “Estagiar no Hospital de Base ou no João Paulo II é um grande tormento para nós acadêmicos. Infelizmente, convivemos com a triste realidade da superlotação e temos que enfrentar isso porque simplesmente não temos um hospital – escola”, afirmou o acadêmico.
Na Universidade Federal de Rondônia (Unir) a chefe do Departamento de Medicina, Ana Lúcia Escobar, também afirmou ao portalmazonia.com que a falta de um hospital-escola e a superlotação nas unidades de saúde é um dos principais gargalos enfrentados pelos 40 acadêmicos de medicina da Unir, que ainda precisam disputar espaço com os outros estudantes da rede particular.
Segundo Ana, a Universidade poderia abrir até 80 vagas para o curso de medicina, porém visto que não existe espaço suficiente para estágio na rede pública, eles permanecem com o número de vagas reduzidas. “As normas do MEC para o curso de medicina estabelecem que durante o estágio deve ser disponibilizado cinco leitos para um aluno, entretanto a realidade é diferente, temos cinco alunos para apenas um leito”, afirmou a coordenadora.
A solução, segundo Ana, para desafogar a superlotação de estagiários na rede pública seria a construção do Hospital Universitário. Porém, a obra está parada desde 2003.

Fonte: Autor: Suelen Viana -portalamazonia.com

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