O CRM-MS (Conselho Regional de Medicina do Estado do Mato Grosso do Sul) alerta sobre a qualidade de ensino das universidades estrangeiras, e a importância da revalidação do diploma, já que recentemente foram abertas matriculas para vários cursos relacionados às áreas de saúde, em especial, medicina na UPAP (Universidade Politécnica e Artística Paraguaia), em Pedro Juan Caballero.
Geralmente, os alunos são atraídos com a oportunidade de viver no Brasil morando em Ponta Porã ou até mesmo em Pedro Juan Caballero, no Paraguai, além de estudar pagando bem mais barato, com um custo mensal em torno de 400 a 500 reais por mês. Outro chamariz é a demora na preparação em cursos de pré-vestibular para conseguir a aprovação em uma faculdade médica aqui no Brasil.
Mas o Conselho destaca para o
médico que deseja atuar no país, que a legislação exige diploma devidamente
revalidado por universidade brasileira e inscrito no Conselho Regional de
Medicina. O objetivo é assegurar os requisitos necessários ao exercício da
função, ou seja, que o candidato tenha cursado as disciplinas mínimas e a carga
horária compatível ao Brasil.
A assessoria de comunicação
informou que o Conselho Regional de Medicina prima pelo rigor e critério na
convalidação (tornar válido) do diploma de medicina, com o intuito de proteger
a sociedade do exercício ilegal da prática médica, e impedir a discriminação
entre os profissionais.
Revalida
Fonte: http://www.midiamax.com/noticias
Para a convalidação destes
diplomas, as entidades médicas apoiam a aplicação do Revalida (Exame Nacional
de Revalidação de Diplomas Médicos), projeto desenvolvido a partir de uma
parceria entre os Ministérios da Educação e da Saúde. Até o momento, já foram
realizados duas edições do exame, sendo que o primeiro aconteceu em 2010 e o
segundo em 2011.
Atualmente, algumas
universidades estão sendo investigadas pela Polícia Federal por não aderiram ao
Revalida, ou seja, mantém processos paralelos de revalidação de diplomas de
medicina obtidos no exterior. Por conta disso, nem todas as etapas previstas
pelo Revalida estariam sendo cumpridas pelas escolas.
O Exame também é apoiado pelo
CFM (Conselho Federal de Medicina) e exige dos candidatos comprovação documental
dos cursos realizados e resultados positivos em provas teóricas, práticas,
cognitivas e deontológicas. Além disso, pessoas nascidas no exterior também
devem comprovar proficiência no idioma português.
O CFM defende a adesão de todas
as universidades ao processo. Para transformar o Revalida em lei, já tramita no
Congresso Nacional o Projeto de Lei 138/2012, do senador Paulo Davim (PV/RN). A
matéria está na CAS (Comissão de Assuntos Sociais do Senado) do Senado Federal
e aguarda indicação do relator.
Estimativa
Os números indicam o
aperfeiçoamento do Revalida, pois a quantidade de universidades participantes
aumentou 54%, bem como o número de candidatos. Com ajustes para a obtenção da
fórmula adequada para medir o nível esperado de desempenho dos graduados na
utilização de seus conhecimentos e habilidades, o percentual de aprovados subiu
de 1% para 12% dos candidatos.
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