Os estudantes criticaram o modelo da
avaliação aplicada. Para Guilherme Lippi, do último ano do curso de medicina da
Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, ministrado em Sorocaba
(SP), o teste foi deficiente na cobrança de conhecimentos práticos. “A prova
não tinha muitos casos clínicos. O caso clínico engloba melhor a avaliação do
estudante, como ocorre hoje nas provas de residência.”
Ele acredita ainda que há muitos problemas no ensino
da medicina que devem ser resolvidos antes da discussão sobre avaliação do
estudante. Ele cita o grande número de escolas abertas nos últimos anos e o
aumento do número de vagas, que podem significar precarização dos cursos.
“Tem muito mais coisas para serem discutidas antes. Do
jeito que está, eu acho que tem que ter uma avaliação, mas não mal feita do
jeito que foi. Tem de ser uma avaliação mais bem estruturada, talvez com várias
universidades contribuindo com questões. Do jeito que foi não avaliou da forma
correta”, ressaltou, após fazer o exame.
O exame do Cremesp é anual e está em sua oitava
edição. Ele consiste em 120 questões teóricas de múltipla escolha. Do total de
2.924 formandos inscritos (2.530 das 28 escolas paulistas e 394 oriundos de
cursos de outros estados), 2,46% não compareceram, o que corresponde a 72
ausentes.
“Eu acredito que a forma mais adequada seria fazer
avaliações seriadas ao longo da faculdade. Uma avaliação, na atual situação da
educação médica do país, é necessária sim, mas não da forma como é feita”,
destacou o estudante do último ano do curso de medicina da Universidade Federal
de Juiz de Fora (UFJF), Gabriel Mostaro Fonseca, que fez a prova em São Paulo
na expectativa de fazer a etapa de residência médica no estado.
Fonte: Jornal do Brasil
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