Em entrevista ao jornal 'O Estado de S. Paulo', ministro diz que não há perspectivas de novos recursos e que o Congresso Nacional deveria rediscutir uma contribuição para financiar o SUS.
Diante da perspectiva de um ano difícil, com reajuste ínfimo do orçamento de sua pasta e sem a promessa de dinheiro novo, o ministro da Saúde, Arthur Chioro (PT), defende a discussão sobre a criação de uma nova contribuição para financiar o setor, antigo plano de petistas no governo federal. "Esse é um debate que a sociedade brasileira e o Congresso Nacional têm de fazer. Todos os países do mundo estão se deparando com esse desafio. Até para garantir sustentabilidade econômica e financeira do sistema, a médio e longo prazo. Hoje, o grande desafio que a gente tem não é apenas dizer para a sociedade que ela tem de pagar mais ou contribuir mais. Temos de dar garantia para a sociedade que estamos gastando da melhor forma possível, mais eficiente, mais transparente", afirmou, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.
"O debate é sobre a sustentabilidade do sistema de saúde. Cada vez custa mais um serviço universal e integral. Fora disso é barbárie. É jogar as pessoas à lógica de mercado", disse.
No mês passado, governadores do Nordeste iniciaram um movimento para resgatar a antiga Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), o imposto do cheque, derrubada pelo Congresso Nacional em 2007, numa histórica derrota do governo Lula.
Ex-secretário de Saúde de São Bernardo do Campo (SP), Chioro foi mantido pela presidente Dilma Rousseff à frente do ministério no segundo mandato. O ministro afirma ser contrário a planos de saúde com mensalidades baixas e defende mudanças nas agências reguladoras. "Existe uma lógica de mercado. Existe um custo. O que não dá é as pessoas quererem ter o plano de saúde e não pagar o valor real. É o famoso 'finjo que estou te cobrando e você finge que está pagando'. No final das contas, fica um jogo entre um que não quer que use e outro que quer usar."
Chioro também afirmou na entrevista que uma das prioridades do ministério será a expansão do programa Mais Médicos, um exemplo de demagogia do governo Dilma em estado puro, para cidades que não participaram da fase inicial.
FONTE: VEJA.COM
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