terça-feira, 3 de setembro de 2013

Médicos selecionados para atuar no Nordeste desistem do programa

Antes mesmo do primeiro dia de atendimento, alguns médicos selecionados pelo Mais Médicos desistiram do programa.


No Recife já registrou nesta segunda-feira (2) problemas com mais da metade dos 12 profissionais selecionados para trabalhar na cidade pelo programa Mais Médicos: duas desistiram, quatro não se apresentaram e uma quer ser transferida para Alagoas. Já em Fortaleza, dois dos 26 inscritos comunicaram a desistência, mas não informaram o motivo, segundo a Secretaria Estadual de Saúde.

Segundo informações do UOL (que pertence ao Grupo Folha, que edita a Folha), outros dois profissionais foram afastados do programa em Alagoas antes mesmo de começarem a atuar. De acordo com o Conselho dos Secretários Municipais de Saúde, os dois profissionais se apresentaram, mas afirmaram que apenas iriam cumprir 40% da carga horária prevista no programa de 40 horas semanais.
No caso de Recife, as desistentes trabalhariam em unidades no Alto do Pascoal e no Jordão Alto, bairros pobres do Recife. Elas não tiveram os nomes divulgados e, até o início da noite, não haviam informado o motivo da desistência.

Segundo a prefeitura, três médicos não foram encontrados e um disse que se apresentaria até quarta-feira (4). Na manhã desta segunda, apenas quatro médicos participaram da cerimônia de boas-vindas promovida pelo Ministério da Saúde no Recife.

A sanitarista alagoana Adeisa Toledo Lyra disse que espera conseguir uma transferência para alguma cidade em seu Estado.

A capital pernambucana era a última de suas seis opções de destino quando se inscreveu no Mais Médicos.

Aos 81 anos, a mãe da médica não anda, e Lyra disse que trazê-la para o Recife seria "um transtorno". "Não sei como vou fazer. Vou tentar remanejamento", afirmou a sanitarista.

O caso dela será analisado pelo Ministério da Saúde. À tarde, ela conheceu o posto do Alto Santa Terezinha, na zona norte do Recife, para onde foi escalada.

Segundo o Ministério da Saúde, os 1.096 médicos brasileiros deveriam ter se apresentado nesta segunda-feira aos gestores dos municípios onde trabalharão a partir desta terça-feira (3).

Eles entregaram o termo de adesão ao programa e a documentação pessoal às administrações municipais e conheceram seus novos locais de trabalho.

O Ministério da Saúde informou que somente após o dia 12 de setembro terá um balanço nacional dos casos de desistência. Os municípios têm até essa data para confirmar o início do trabalho.

Quem não se apresentou nesta segunda-feira terá que justificar a falta e negociar o tempo não trabalhado. O ministério exige que os médicos cumpram carga-horária semanal de 40 horas.

Os profissionais estrangeiros devem começar a trabalhar nas unidades de atenção básica no próximo dia 16.

FONTE: FOLHA DE S.PAULO 

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