Antes mesmo do primeiro dia de atendimento, alguns médicos selecionados pelo Mais Médicos desistiram do programa.
No Recife já registrou nesta segunda-feira (2) problemas com mais da metade dos 12 profissionais selecionados para trabalhar na cidade pelo programa Mais Médicos: duas desistiram, quatro não se apresentaram e uma quer ser transferida para Alagoas. Já em Fortaleza, dois dos 26 inscritos comunicaram a desistência, mas não informaram o motivo, segundo a Secretaria Estadual de Saúde.
Segundo informações do UOL (que pertence ao Grupo Folha, que edita a Folha), outros dois profissionais foram afastados do programa em Alagoas antes mesmo de começarem a atuar. De acordo com o Conselho dos Secretários Municipais de Saúde, os dois profissionais se apresentaram, mas afirmaram que apenas iriam cumprir 40% da carga horária prevista no programa de 40 horas semanais.
No caso de Recife, as desistentes trabalhariam em unidades no Alto do Pascoal e no Jordão Alto, bairros pobres do Recife. Elas não tiveram os nomes divulgados e, até o início da noite, não haviam informado o motivo da desistência.
Segundo a prefeitura, três médicos não foram encontrados e um disse que se apresentaria até quarta-feira (4). Na manhã desta segunda, apenas quatro médicos participaram da cerimônia de boas-vindas promovida pelo Ministério da Saúde no Recife.
A sanitarista alagoana Adeisa Toledo Lyra disse que espera conseguir uma transferência para alguma cidade em seu Estado.
A capital pernambucana era a última de suas seis opções de destino quando se inscreveu no Mais Médicos.
Aos 81 anos, a mãe da médica não anda, e Lyra disse que trazê-la para o Recife seria "um transtorno". "Não sei como vou fazer. Vou tentar remanejamento", afirmou a sanitarista.
O caso dela será analisado pelo Ministério da Saúde. À tarde, ela conheceu o posto do Alto Santa Terezinha, na zona norte do Recife, para onde foi escalada.
Segundo o Ministério da Saúde, os 1.096 médicos brasileiros deveriam ter se apresentado nesta segunda-feira aos gestores dos municípios onde trabalharão a partir desta terça-feira (3).
Eles entregaram o termo de adesão ao programa e a documentação pessoal às administrações municipais e conheceram seus novos locais de trabalho.
O Ministério da Saúde informou que somente após o dia 12 de setembro terá um balanço nacional dos casos de desistência. Os municípios têm até essa data para confirmar o início do trabalho.
Quem não se apresentou nesta segunda-feira terá que justificar a falta e negociar o tempo não trabalhado. O ministério exige que os médicos cumpram carga-horária semanal de 40 horas.
Os profissionais estrangeiros devem começar a trabalhar nas unidades de atenção básica no próximo dia 16.
FONTE: FOLHA DE S.PAULO
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