NÃO GOSTO DE POSTAR SOBRE POLÍTICA, COMO EU DISSE ANTES NÃO DEFENDO NENHUM POLÍTICO E NEM PARTIDO MAS ESSA REPORTAGEM É INTERESSANTE PARA SABER COMO A CABEÇA DE POLÍTICOS MUDAM DE ACORDO COM A PRIORIDADE DELES MESMOS!
SEM O PODER: 2013
Para Serra, programa que atrai médico estrangeiro é 'tiro no pé'
Ex-ministro da Saúde foi ao Senado 'discutir país' com parlamentares.
MP permite vinda de profissionais estrangeiros sem validação do diploma.
Ex-ministro da Saúde José Serra (PSDB-SP) afirmou nesta terça-feira (16), em visita ao Senado, que a medida provisória que cria o programa “Mais Médicos” e visa ampliar a presença de profissionais estrangeiros no país é um “tiro no pé” do governo. Para ele, derrotado nas disputas à Presidência em 2002 e 2010, a MP apenas desvia o foco para os problemas reais da saúde no país.
O “Mais Médicos”, lançado na semana passada, busca aumentar o número de médicos atuantes na rede pública de saúde em regiões carentes e permite a vinda de profissionais estrangeiros ou de brasileiros que se formaram no exterior sem a necessidade de revalidação do diploma. O programa também cria 11.447 vagas em faculdades de medicina até 2017 e torna obrigatório na grade curricular atendimento no Sistema Único de Saúde por dois anos.
“É um tiro no pé. Um tiro de canhão [...] porque é uma medida absurda, inclusive para enfraquecer o próprio governo”, disse Serra. De acordo com o ex-governador, a medida transfere para os médicos um problema maior, de investimento na estrutura da saúde pública.
“A ideia é não fazer nada, é fazer propaganda e publicidade. A questão é fazer o efeito de passar para a opinião publica que está preocupado com a saúde”, declarou. Nesta terça, centenas de médicos e estudantes de medicina participaram de manifestação contra a MP nas áreas centrais do Rio e de São Paulo.
Durante lançamento do projeto, a presidente Dilma Rousseff disse que o objetivo é "garantir que todos os brasileiros tenham acesso a um médico".
Visita ao Senado
Serra visitou o Senado nesta terça e participou de encontros com parlamentares como Pedro Taques (PDT-MT) e Aloysio Nunes (PSDB-SP), líder tucano na Casa. Segundo ele, os encontros serviram para “discutir o país”.
“Minha preocupação está focalizada realmente na questão do país”, declarou Serra. O ex-candidato à presidência também comentou a queda da popularidade do governo em pesquisa divulgada nesta terça. Para ele, trata-se do reflexo de um “governo fraco”.
“Eu não fico contente com a queda de ninguém em política, muito menos da presidente da República, mas é um fato que nós temos hoje um governo fraco. Estamos no meio de uma crise, e essa crise está à procura de um governo. E o governo não tem exercido seu papel. No Brasil falta liderança e sobra desperdício de recursos, de talento e de tempo”, disse Serra.
AGORA O INTERESSANTE COM O PODER: 1999
ENTREVISTA DE 1999 DO ATÉ ENTÃO MINISTRO DA SAÚDE
Em 1999, José Serra defendia "importação" de médicos de Cuba
Ponto central de um dos pactos anunciados pela presidente Dilma Rousseff na segunda-feira, a contratação de médicos estrangeiros não é uma proposta nova. Em 1999, José Serra, então ministro, defendia a vinda de cubanos para atender as regiões com maior falta de profissionais da saúde.
O ministro da Saúde do governo Fernando Henrique Cardoso enfrentava dificuldade para preencher as vagas do programa Saúde da Família - no qual equipes vão até casas de famílias com objetivo de tratamento e prevenção. "Para criarmos mais 15 mil equipes, como pretendemos, vamos precisar de mais 15 médicos e isso não é fácil", disse, segundo relato do Jornal de Brasília da época.
No ano seguinte, o Ministério da Saúde redigiu um decreto sobre a atuação do médico estrangeiro no País - o motivo era regulamentar a atuação dos profissionais que vinham do exterior, em especial cubanos que atuavam em cidades do Norte que sofriam com a falta de atendimento.
Conforme relata o jornal Folha de S. Paulo à época, a falta de profissionais da saúde no interior já preocupava o governo. Segundo dados do ministério, em 2000, 850 dos 5.507 municípios brasileiros não tinham nenhum médico.
Na mesma reportagem da Folha, o então presidente do Conselho Federal de Medicina, Edson de Oliveira Andrade, dizia que o problema era a falta de incentivo para o médico trabalhar no interior. "Nunca houve uma política de interiorização no Brasil", disse ao jornal. Hoje, o argumento do conselho é que falta estrutura para o médico no interior. A entidade propõe um plano de carreira para os médicos.
COMO EU DISSE AS CABEÇAS MUDAM...
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comentários que contenham termos vulgares e palavrões, ofensas, dados pessoais (e-mail, telefone, RG etc.) e links externos, ou que sejam ininteligíveis, serão excluídos. Erros de português não impedirão a publicação de um comentário.