A família da professora
Renata Siqueira Guedes, de 29 anos, vai entrar na Justiça contra a
ginecologista e obstetra Maria de Fátima Nolasco, que fez o parto dela no
última dia 29, no Hospital Municipal Victor de Souza Breves, em Mangaratiba, na
Região Metropolitana do Rio, por descaso médico.
A mãe da professora,
Fátima Guedes, contou à Rádio Globo que Renata deu entrada na unidade no sábado
à tarde e que a filha chegou ao local com muito sangramento. Quando foi atendida
pela médica, já apresentava dilatação suficiente para trabalho de parto normal,
que estava programado desde o início da gravidez. No entanto, segundo Fátima, a
filha ficou no hospital tendo contrações e demorou tanto para ser atendida, que
não teve mais condições para a realização do procedimento. Ao ver que não
conseguiria mais ter a criança desta forma, Renata implorou à médica para fazer
cesariana, mas Maria de Fátima Nolasco fez pouco caso, mandou que a paciente
ficasse calada e só realizou a cirurgia quatro horas depois. Durante o
atendimento, Renata afirma que a médica falou ao celular durante 30 minutos.
Após passar por todo este
constrangimento, a família de Renata recebeu a notícia de que o bebê nasceu
morto, mas o atestado de óbito dado pelo hospital aponta que a criança teve
parada cardiorespiratória. O bebê foi entregue à família de Renata sujo e
dentro de uma caixa de papelão, segundo Fátima. Os parentes não sabem até agora
o que realmente levou à morte do bebê.
A Prefeitura de
Mangaratiba informou que a médica Maria de Fátima Nolasco foi afastada do
Hospital Municipal Victor de Souza Breves no dia seguinte, 30 de junho, e que a
Secretaria de Saúde abriu uma sindicância para apurar o fato. A prefeitura
colocou à disposição da família um psicólogo e um veículo para que Renata
Guedes realize todos os exames pós-operatórios.
Ainda de acordo com a
prefeitura, o prefeito Evandro Capixaba e seu vice, Dr. Ruy, estão solidários e
à disposição para o que for conveniente do setor público e lamentam o fato
ocorrido com a mãe e filho no parto realizado na rede municipal de saúde.
FONTE: OGLOBO
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