sexta-feira, 5 de julho de 2013

Bebê morre durante parto e família acusa médica de negligência em Mangaratiba, no Rio. Segundo mãe da criança, obstetra falava ao celular durante cirurgia. Filha foi entregue morta dentro de caixa de papelão

Bebê morre durante parto e família acusa médica de negligência em Mangaratiba, no Rio

A família da professora Renata Siqueira Guedes, de 29 anos, vai entrar na Justiça contra a ginecologista e obstetra Maria de Fátima Nolasco, que fez o parto dela no última dia 29, no Hospital Municipal Victor de Souza Breves, em Mangaratiba, na Região Metropolitana do Rio, por descaso médico.


A mãe da professora, Fátima Guedes, contou à Rádio Globo que Renata deu entrada na unidade no sábado à tarde e que a filha chegou ao local com muito sangramento. Quando foi atendida pela médica, já apresentava dilatação suficiente para trabalho de parto normal, que estava programado desde o início da gravidez. No entanto, segundo Fátima, a filha ficou no hospital tendo contrações e demorou tanto para ser atendida, que não teve mais condições para a realização do procedimento. Ao ver que não conseguiria mais ter a criança desta forma, Renata implorou à médica para fazer cesariana, mas Maria de Fátima Nolasco fez pouco caso, mandou que a paciente ficasse calada e só realizou a cirurgia quatro horas depois. Durante o atendimento, Renata afirma que a médica falou ao celular durante 30 minutos.
Após passar por todo este constrangimento, a família de Renata recebeu a notícia de que o bebê nasceu morto, mas o atestado de óbito dado pelo hospital aponta que a criança teve parada cardiorespiratória. O bebê foi entregue à família de Renata sujo e dentro de uma caixa de papelão, segundo Fátima. Os parentes não sabem até agora o que realmente levou à morte do bebê.
A Prefeitura de Mangaratiba informou que a médica Maria de Fátima Nolasco foi afastada do Hospital Municipal Victor de Souza Breves no dia seguinte, 30 de junho, e que a Secretaria de Saúde abriu uma sindicância para apurar o fato. A prefeitura colocou à disposição da família um psicólogo e um veículo para que Renata Guedes realize todos os exames pós-operatórios.
Ainda de acordo com a prefeitura, o prefeito Evandro Capixaba e seu vice, Dr. Ruy, estão solidários e à disposição para o que for conveniente do setor público e lamentam o fato ocorrido com a mãe e filho no parto realizado na rede municipal de saúde.
FONTE: OGLOBO

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