sexta-feira, 16 de maio de 2014

Sem o Revalida: Contratação de médicos formados no Paraguai para atuar na fronteira será tema de audiência internacional


A flexibilização nas normas e procedimentos para contratação de médicos formados no Paraguai será tema de uma audiência pública internacional que vai acontecer no próximo dia 23 de maio em Ponta Porã.

 Hoje o deputado Paulo Corrêa, um dos organizadores do evento e que defende a implantação do “Médicos de Fronteira”, fez um pronunciamento durante a sessão da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, ocasião em que solicitou o apoio dos outros parlamentares na defesa da proposta e convidou a todos para participarem da audiência.

 Paulo Corrêa, que nesta semana visitou dois municípios gaúchos que já obtiveram autorização para contratar médios uruguaios, explicou que a ideia é implantar o mesmo sistema em Mato Grosso do Sul, possibilitando aos municípios sul-mato-grossenses e paraguaios que ficam localizados na fronteira, a contratação de médicos formados no Paraguai sem a necessidade da aplicação do REVALIDA (Exame Nacional de Revalidação de Diploma Médico).

 “Esse sistema funciona perfeitamente no Rio Grande do Sul, que tem as mesmas características de fronteira do Mato Grosso do Sul com o Paraguai e com a Bolívia. O ‘Médico de Fronteira’ permite aos médicos formados no país vizinho atuar em uma área de até 50 quilômetros do outro lado da fronteira. Não somos nós que fazemos a lei para que isso aconteça, é o Governo Federal. Por isso temos que nos unir nessa luta. Temos que fazer esse acordo com o Paraguai nesse momento, em que o nosso Estado está investindo na construção das duas pontes sobre o Rio Apa e o governo Paraguaio quer a integração”, afirmou Paulo Corrêa.  

 No estado do Rio Grande do Sul, que faz fronteira com o Uruguai, os municípios de Sant’Ana do Livramento e Guaraí iniciaram a contratação dos médicos uruguaios após Brasil e Uruguai firmar acordo bilateral permitindo o estudo, residência e trabalho de nacionais fronteiriços para prestação de serviços de saúde de outras áreas. Em 2010 o acordo foi oficializado pelo Decreto presidencial 7239/10. Desde então, os médicos podem trabalhar livremente nos municípios de fronteira sem fazer o REVALIDA.

 De acordo com o deputado Paulo Corrêa, Mato Grosso do Sul vive a mesma situação e só depende de autorização para executar a proposta. Ainda segundo ele, no Paraguai existem cinco faculdades de medicina onde estudam mais de 4 mil alunos brasileiros, 2 mil deles são sul-mato-grossense.

 Uma audiência pública já foi realizada no mês passado do lado paraguaio da fronteira, em Pedro Juan Caballero, para discutir o assunto. O evento contou com a presença de alunos dos cursos de medicina das universidades do Paraguai, autoridades paraguaias e brasileiras.

 Em Ponta Porã a audiência vai acontecer no Centro Internacional de Convenções Miguel Gomez, Rua Baltazar Saldanha, 1550, centro. Devem participar todos os deputados federais por Mato Grosso do Sul, o senador Delcídio do Amaral, e outras autoridades dos dois países. 

FONTE: OCORREIO

2 comentários:

  1. Isto será uma grande conquista, pois muitos médicos formados no Brasil tem apenas o título de doutor e a carteira aprovada pelo conselho de medicina e simplesmente não exercem a profissão ou tiveram suas vagas compradas em universidades brasileiras, tomando assim a vaga daqueles que realmente querem estudar e abraçar a profissão, que todos sabemos que não é fácil.
    Existem ótimas universidades de medicina em países da América Latina, tais como Paraguay, Bolívia, Argentina e Uruguai, dentre outros, mas muitos brasileiros escolhem concluir a gradução nestes países.
    As universidade de medicina são ótimas e o ensino é igual e/ou até melhor que muitas instituições brasileiras,

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  2. O Brasil precisa cumprir o acordo internacional. Haja vista, que a medicina no Paraguay é excelente. Todas as vezes que estudei lá e precisei de médicos, inclusive brasileiros, que já eram acadêmicos, atendiam muito bem nos seus estágios. A medicina será medicina em qualquer lugar. Estamos no Século XXI, onde a globalização já ocorreu a muito tempo. É hora de quebrarmos os paradigmas, preconceitos e desvalorização dos médicos e educadores que muito estudaram e que adquiriram seus diplomas com excelência. Deve valer o atendimento automático para todas as categorias; saúde e educação. Os diplomas devem sair somente com visamento do MEC, Relações Exteriores e Consulado do Brasil no país, órgãos esses de grande compet6encia e seriedade, isso é o suficiente para que o Brasil respeite o acordo entre os países do Mercosul. Pois cada país possui sua soberania, mas os acordos existem para que os mesmos possam se ajudarem mutuamente ou atender critérios dos acordos. Fico muito triste quando vejo que os professores e os médicos que muito estudaram no Paraguay, um país que tem muito ajudado o Brasil a formar muitos brasileiros, e quando estes estão no solo paraguaio são respeitados e considerados. Brasil, precisas rever suas ações, estamos num momento impar, precisamos deixar as burocracias de lado e pensar no atendo=imento social, principalmente para aqueles que possuem somente o sol, a chuva e as estrelas e que sonham com uma vida melhor, mas que passa anos e anos e suas vidas continuam na mesma. Essa é a oportunidade de refletirmos mais sobre o nosso perfil brasileiro. Amo o meu país, por isso que sempre me posiciono.
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