segunda-feira, 18 de março de 2013

O Desespero do Conselho Federal de Medicina. Medicina virou negócio administrado pelo CFM



Um dos problemas do sistema de saúde no país hoje é a falta de médicos. O artigo abaixo é de  Hermann Hoffman (falecomhermann@gmail.com), sergipano, acadêmico do 5° ano de medicina.
O Conselho Federal de Medicina (CFM) e seus societários fiéis, os Conselhos Regionais de Medicina (CRMs), depois de vários ataques burocráticos falidos que revelam o perfil autocrático destas entidades, engatilham suas armas em direção ao Governo Federal, revelando o desespero ante o avanço real das propostas que a Presidenta Dilma e o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha implementam com a finalidade de melhorar a saúde dos brasileiros aumentando a quantidade de médicos de família e comunidade e ao mesmo tempo, estimulando a interiorização deste profissional, tão necessário e tão raro nas pequenas cidades do Brasil.


Com um texto agressivo, impositivo, criminoso e enganoso, o CFM tornou público o "Manifesto de Belém", aprovado no encerramento do I Encontro Nacional de Conselhos de Medicina, no dia 8 de março. O documento repudia as primeiras medidas que foram operacionalizadas pelo Governo Federal. É necessário dizer que o CFM representa a alta elite brasileira e tem como objetivos principais, manter a hegemonia médica, evitar o aumento numérico destes profissionais no país, perpetuar o caos na saúde e daí culpar o Governo Federal por ser de esquerda e representar os interesses da sociedade. Diante desta situação, o mesmo colégio médico vem impondo há vários anos um conjunto de regras covardes para centenas de brasileiros que obtiveram diplomas de medicina no exterior depois de 6 anos de estudos, em suma, nem os brasileiros que se formam como médicos no exterior, nem os médicos estrangeiros, podem exercer a profissão no Brasil por impedimentos legais.
Por outro lado, respaldados pelo Governo Federal por meio de um convênio que incomoda o CFM, mais de 1.000 médicos cubanos com alta experiência já iniciaram os cursos preparatórios com professores brasileiros e nos próximos meses estarão desembarcando no Brasil para trabalhar nas zonas com maior deficiência de médicos, norte e nordeste. O convênio entre o Brasil e Cuba estima que de 4.000 a 6.500 médicos cubanos trabalhem nos interiores do país. Convênios parecidos de cooperação médica com Cuba estão em vigor em mais 100 países, estimando-se que aproximadamente 120 mil profissionais cubanos da esfera da saúde trabalham no exterior. Se destacam até o momento por terem salvado um total superior a 3 milhões de vidas por conceitos de urgência, além de efetuadas aproximadamente 3 milhões de cirurgias e quase 700 milhões de consultas médicas nos países que prestam seus serviços, e ainda assim, Cuba conta com 6,4 médicos por cada 1.000 habitantes, o maior quantidade  de médicos por habitantes do mundo, enquanto o Brasil apenas 1,95 médicos por 1.000.
Mesmo com evidências, os ataques aos brasileiros que estudam medicina no exterior e os médicos cubanos vão muito além do "Manifesto de Belém". Nos últimos meses foi publicado o volume I e II do livro "Demografia médica no Brasil" que visa intimidar o Governo Federal por outro ângulo. Os livros afirmam que o Brasil não necessita de médicos, contrariando o Ministério da Saúde que defende o incremento destes profissionais, além desta disputa de forças, o CFM tem desacreditado o Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (Provab), lançado recentemente pelo Ministério da Saúde, e que promoverá a atuação de mais de 4.000 médicos nos serviços de Atenção Básica, beneficiando a população de 1.407 municípios do Brasil.

No país do futebol, a medicina virou negócio administrado pelo CFM, daí é lucrativo para eles impedirem a entrada de novos médicos no sistema por todos os meios, sejam formados no exterior ou no Brasil, uma vez que muitos que conformam esta entidade dominam o mercado particular da assistência à saúde e se sentem ameaçados ao ver o Governo Federal buscar soluções para a atual situação que o próprio CFM ajudou a criar ao não impor regras claras para a obtenção do registro médico dos brasileiros formados nas universidades públicas e com o dinheiro da sociedade brasileira. A regra deveria ser clara, médico brasileiro formado com o dinheiro do povo ou formado no exterior, só tem registro no CFM definitivo depois de três anos trabalhando nas comunidades carentes, deveria...

Para reflexão
“O número dos que nos invejam confirma as nossas capacidades”. Oscar Wilde.


FONTE: infonet

Um comentário:

  1. Verdade e muito bem dito a medicina no Brasil é como um comercio oligarguico pois só um lado sai lucrando,e o lado mais desfavorecido o povo sai perdendo com o descaso e a ineficiencia da assistencia de saúde,estudo aqui na Venezuela com médicos cubanos em um convenio que há com o governo,espero que com o ingreso da Venezuela ao mecosul torne-se mais facil a revalidaçao do titulo isso se o coporativismo do CFM permitir.

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