terça-feira, 7 de outubro de 2014

MAIS MÉDICOS: CRM da Paraíba reconhece falta de médicos no interior, mas volta a atacar ‘Mais Médicos: ‘não trouxe contribuição’



O presidente do Conselho Regional de Medicina da Paraíba, Dr. João Medeiros, afirmou que sempre foi contra o programa do Governo Federal, Mais Médicos e destacou que não é corporativismo da classe, mas sim, que considera que o programa faz ‘uso político ideológico e não satisfaz’.


Em entrevista ao Portal Paraíba.com.br, nesta quarta (1°), Medeiros comentou que o Conselho fez uma oposição ferrada ao Mais Médicos desde o início e criticou que o governo usou a ‘força da caneta’ e impôs o programa que ‘sabemos que é político-ideológico, não satisfaz e não atende os problemas de base’.

O médico reclamou da falta de infraestrutura, condições, de hospitais e instituições e criticou que os médicos que vêm atuar no Brasil são estudantes intercambistas. “Acho que não trouxe contribuição. É preciso uma abordagem diferente, melhorar as condições de assistência, UPAS, aumentar o número de leitos e criar sobretudo uma carreira de médicos como Carreira de Estado favorecendo a interiorização”, conta.

Reconhecendo a falta de médicos no interior, Medeiros destacou que o estado tem muito médicos. “Daqui há seis anos, são mil médicos por ano, mas não existe uma política de governo que facilite a interiorização”, explica. Para suprir essa necessidade, é preciso a criação da carreira nacional de médicos, aumentar o investimento e financiamento da Saúde.. apesar dos recursos a aplicação é feita de forma ineficiente e inadequada. Precismos de duas coisas: aumentar o financiamento e criar a carreira de estado.

Para o presidente do CRM, as reclamações de que a categoria estaria protegendo o corporativimo são ‘uma tentativa  de desqualificar, por parte do governo, as entidades’. “Sabemos que os profissionais que vem para cá tem curso de quatro anos em Cuba, estão atuando sem revalidação dos diplomas e teriam que ter supervisão. Isso é um risco para a população”, diz.

“O programa foi feito de última hora e não é uma questão de corporativismo. O Brasil importou 14 mil cubanos e formamos 20 mil médicos por ano. O que precisamos melhorar é a estrutura e criar a carreira”, explica.

Medeiros destacou que o projeto para a criação da carreira de Estado já foi apresentado ao governo e está em discussão, porém não se sabe quando haverá uma resolutividade, devido ao período de transição política. “Ninguém sabe quem vai ser o próximo presidente, não sabemos o que vai acontecer”, conclui.


FONTE: Marília Domingues (paraiba.com)

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