terça-feira, 5 de novembro de 2013

Brasileiros formados na Bolívia não podem atuar no Mais Médicos, diz Padilha


O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou nesta segunda-feira (4) que os médicos brasileiros formados na Bolívia não poderão participar do programa Mais Médicos.

A Folha publicou ontem que o governo do Acre, um dos principais exportadores de estudantes de medicina para a Bolívia, propôs ao ministério que autorizasse a entrada de brasileiros formados no país vizinho no programa sem a necessidade de revalidação de diploma.


Padilha usou o regulamento do programa como justificativa para barrar esses profissionais, com ou sem revalidação de diploma.

Atualmente, estão aptos a enviar profissionais ao Brasil países com proporção igual ou superior a 1,8 médico por mil habitantes. Caso que não é o registrado na Bolívia, que tem percentual de 1,2 médico por mil habitantes.

Uma segunda barreira do regulamento é que os médicos do Mais Médicos têm de ter atuado em seus países de origem, que não seria o caso de parte dos profissionais brasileiros formados na Bolívia.

"Nós estamos implementando ainda o programa que foi votado no Congresso. Por enquanto, vamos continuar dentro do regulamento proposto inicialmente", disse Padilha, que participou de evento no Rio, na manhã desta segunda-feira.

Recentemente, a secretaria de Saúde do Acre fez um pré-cadastro com 700 potenciais participantes do Mais Médicos, dos quais a maioria é formada na Bolívia.

Segundo reportagem da Folha, levantamento indicou que, apenas no Acre, há 368 médicos formados no exterior sem o Revalida, dos quais 98% estudaram na Bolívia.

Não há números oficiais sobre o total de acreanos cursando medicina no país vizinho, mas o governo estadual estima que chegue a 6.000.

FONTE: FOLHA DE S. PAULO

3 comentários:

  1. Revalida tem que ser para todos. Igualdade para todos... não há porque barrar os medicos bolivianos ( apesar de que sabemos que o ensino é ruim ) e deixar os outros.

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    1. entao você deve estudar na bolivia ne? bem, se informe primeiro! o curso de medicina na bolivia em algumas faculdades chega a ser duas vezes a carga horária das faculdades do brasil!

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  2. O ensino não é ruim, minha Universidade é acreditada do MERCOSUL, meu curso tem 6 anos de duração com uma carga horária total de 11.873 h/a incluindo internato. Período integral, práticas hospitalares, sigo regras, cumpro horários e as leis de um país estrangeiro. Estudo diariamente, sou submetida a provas orais (em língua estrangeira) semanalmente e escritas também, faço 3 provas teóricas e 3 práticas no semestre, além de trabalhos de pesquisa, exposição, atividades complementares. Enfrento todos os dias o preconceito, à distância, o medo, a cultura, as leis, educação e estilo de vida de um país estranho. E depois desses longos 6 anos com essa rotina exaustiva, eu ainda terei que enfrentar 6 meses de serviço voluntário ao governo federal Boliviano e uma prova de grado para só então, mediante a aprovação, voltar para o Brasil com meu diploma de Medicina e aí prestar a tão sonhada prova de revalidação e finalmente o desejado CRM.
    Quando me perguntam se vale a pena?! Se eu tenho medo?!
    O que eu penso da revalidação?!
    Eu respondo, um sábio disse certa vez, “sacrifício é deixar algo bom, por algo melhor”. Vale muito a pena! Aqui eu fui obrigada a sair da minha zona de conforto pra enfrentar desafios que eu nem sonhava, já tive vontade de ir embora, a saudade às vezes é enlouquecedora, mas vale a pena! Não tenho medo da prova de revalidação! Minha decisão de vir pra cá foi feita com muita maturidade, eu sei meu propósito aqui e sei o que me espera depois da minha formação e ciente disso busco me preparar ao máximo às vezes até estudando em duas línguas. Sou a favor da revalidação dos diplomas, mas de uma revalidação justa! Não a que esta sendo aplicada atualmente. Pra continuar, primeiro eu gostaria de dizer aos colegas estudantes de Medicina no Brasil que fazer Medicina no exterior não é fácil, não é simples e não é tranquilo. Não enfrentamos uma seleção rigorosa como o vestibular, mas enfrentamos outras seleções, ao qual vocês sem sair do Brasil e do conforto de suas casas passarão a vida sem saber! Mediante o que foi exposto, não consigo entender as manifestações que tenho visto no Facebook nas últimas semanas... Eu não aceito, mas até entendo o CFM. Mas esse manifesto dos acadêmicos?! É inexplicável! Faltam longos 6 anos... Há tantas coisas pra se aprender e se preocupar. E brasileiros menosprezarem a formação acadêmica dos países da América Latina é no mínimo falta de informação! E mais preocupante é a formação ética e moral desses futuros médicos. Seremos médicos no Brasil, na Bolívia, Europa, EUA, nos hospitais e até numa mesa de bar e isso por si só deveria ser motivo suficiente pra respeitaram seus colegas e desmistificarem preconceitos. Estão preocupados com vagas, baixa de salários e exame de ordem. E com isso falam sem referencia, sem informação de um, até então boato de mídia digital, pois até agora não houve nenhum pronunciamento oficial dos critérios e da decisão do governo brasileiro. Pergunto-me agora, será que o Brasil esta formando Médicos ou Doutores?! Com essa formação ética, teremos muitos médicos diplomados e poucos Doutores formados. Lembre-se que pra vocês ainda faltam longos anos... e o dito incompetente de hoje pra e por vocês, pode ser seu superior, seu professor ou até mesmo um colega admirável amanhã, porque Universidade não forma caráter, competência e nem habilidades. Concluo com uma frase de uma colega acadêmica, que diz o seguinte, "Não sei pisar em ninguém, mas sei correr atrás dos meus sonhos e ser feliz. E isso já é o suficiente pra muitos se sentirem esmagado”. Sorte aos que lutam aqui e aos que lutam lá!

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