Segundo a presidenta Dilma
Rousseff, a prioridade é atender as periferias das grandes cidades e os
municípios do Norte e do Nordeste. Para as vagas que não forem preenchidas
pelos médicos brasileiros, o governo federal vai autorizar a vinda de médicos
estrangeiros, que deverão trabalhar exclusivamente nos postos de saúde por um
período de 3 anos. Além do programa Mais Médicos, a presidenta Dilma falou
também sobre os investimentos do governo para construir e reformar postos de
saúde, UPAs e hospitais, e sobre a expansão das vagas nos cursos de Medicina e
na residência médica.
Transcrição
Apresentador: Olá, bom
dia! Eu sou o Luciano Seixas e começa agora mais um Café com a Presidenta
Dilma. Bom dia, presidenta!
Presidenta: Bom dia,
Luciano! E bom dia para você que nos acompanha aqui no Café hoje!
Apresentador: Presidenta,
hoje, eu queria falar aqui no Café sobre saúde, que foi um dos cinco pactos que
a senhora propôs ao Brasil, e hoje a senhora lança um programa importante para
levar à frente esse pacto, não é mesmo?
Presidenta: Olha, Luciano,
o pacto pela saúde contempla a aceleração dos investimentos já contratados para
melhorar a estrutura da rede pública do Brasil. Estamos investindo R$ 7,4
bilhões na construção, reforma e compra de equipamentos para postos de saúde,
Unidades de Pronto Atendimento, as UPAs, e os hospitais. E, no ano que vem, nós
vamos investir mais R$ 5,5 bilhões em novas unidades. Para que tudo isso
funcione bem, Luciano, e para que possamos dar um tratamento digno e eficiente
à população, vamos precisar de mais médicos para trabalhar, principalmente nas
periferias das grandes cidades, no interior do país e nas regiões Norte e
Nordeste, onde mais faltam médicos. Por isso, nós estamos lançando hoje o
programa Mais Médicos.
Apresentador: Como é que
esse programa vai aumentar o número de médicos atendendo à população,
presidenta?
Presidenta: Olha, Luciano,
nós já temos hoje um grande número de médicos fazendo atendimento da população
na rede pública de saúde, o nosso SUS. Nós sabemos que os nossos médicos estão
comprometidos com a qualidade do serviço público, mas, infelizmente, eles ainda
são em número insuficiente para garantir atendimento em toda a rede pública de
saúde. Essa falta de médicos é um problema muito sério, que irá ficar mais
grave na medida em que aumentamos os investimentos na construção de novas
unidades de saúde. Nós já falamos aqui no Café que o Brasil tem menos médico
por habitante, por exemplo, do que a Argentina, o Uruguai, Portugal e Espanha.
E esse problema se torna ainda mais grave nas regiões mais pobres e mais
distantes do país. Por isso, Luciano, tomamos uma série de providencias. Uma
delas é aumentar as oportunidades para os jovens que querem estudar Medicina ou
fazer uma especialização na área.
Apresentador: E quantas
vagas já foram abertas a mais nos cursos de Medicina, presidenta?
Presidenta: Olha, Luciano,
nesses dois anos e meio do meu governo, nós já criamos 2.400 novas vagas nos
cursos de Medicina, e isso é só o começo, porque nós vamos continuar aumentando
as oportunidades para os nossos jovens brasileiros. Estamos abrindo mais 11 mil
vagas nos cursos de graduação e 12 mil vagas na residência médica para formar
especialistas que estão em falta no Brasil, como pediatras, neurologistas,
ortopedistas, anestesistas, cirurgiões e cardiologistas. Até o final de 2014,
serão mais 6 mil na graduação e mais 4 mil na residência médica. A residência,
é bom lembrar, Luciano, ela estimula a permanência do médico recém-formado na
região onde faz a sua especialização e começa a sua vida profissional. E, para
contribuir com a formação de novos médicos, serão construídos 14 novos
hospitais, com um investimento de R$ 2 bilhões até 2017, fora todos os
hospitais privados que, porventura, também sejam construídos.
Apresentador: Mas formar
um médico leva tempo, não é, presidenta? E quem precisa de atendimento de saúde
não pode esperar.
Presidenta: Ah, você tem
toda a razão, Luciano. A verdade é que são necessários seis anos para se formar
um médico na faculdade, e mais outros dois ou três anos, às vezes até cinco
anos, de residência médica para ele se tornar um especialista. Só aí, Luciano,
são mais de dez anos para formar um médico especialista. É exatamente por isso
que estamos tomando algumas medidas emergenciais para resolver o problema de
quem não tem atendimento médico hoje. Uma grande mobilização de médicos,
Luciano, começa hoje com o lançamento do programa Mais Médicos.
Apresentador: Como o
programa Mais Médicos vai funcionar, presidenta?
Presidenta: Olha, Luciano,
o programa Mais Médicos tem duas iniciativas importantíssimas: primeira, vamos
lançar um edital nacional para selecionar os municípios que querem receber
novos médicos. A prioridade, como eu já disse, são as periferias das grandes
cidades e aqueles municípios do interior e, também, os municípios mais
distantes, principalmente os municípios localizados no Norte e no Nordeste do
país, onde há mais falta de médicos. Agora, para a prefeitura participar do programa,
ela precisa ter postos de saúde com bons equipamentos e equipes de saúde para
trabalhar junto com os médicos. Por isso, o município que participar do Mais
Médicos vai ter que assumir o compromisso de acelerar os investimentos na
construção, na reforma, na ampliação das suas Unidades Básicas de Saúde, porque
são nas UBS, enfim, nos postos de saúde que os médicos vão trabalhar Um posto
bem equipado é fundamental para que o médico tenha condições de fazer um bom
atendimento a quem precisa. Nós temos, em nosso país, postos de saúde em
perfeitas condições de receber, hoje, mais médicos. Por isso, a segunda
iniciativa é que hoje nós vamos lançar um outro edital, para que os médicos
brasileiros interessados em trabalhar nesses lugares mais distantes possam se inscrever
e escolher o município para onde querem ir.
Apresentador: E quais são
os incentivos para o médico que quiser participar do programa, presidenta?
Presidenta: Olha, Luciano,
o governo federal vai pagar R$ 10 mil por mês para o médico que participar do
programa Mais Médico, e esse pagamento será feito pelo próprio Ministério da
Saúde. Além disso, pagaremos uma ajuda de custo conforme a região na qual o
médico estiver estabelecido. Também o governo federal pagará R$ 4 mil para
reforçar equipes de saúde integradas por enfermeiros e técnicos de enfermagem.
O médico, Luciano, vai trabalhar 40 horas por semana no posto de saúde, e ainda
poderá fazer uma especialização em Atenção Básica. Agora, o nosso objetivo é
essas vagas para médicos sejam preenchidas e a população possa ter atendimento
garantido o mais rápido possível. Por isso, se as vagas disponíveis não forem
todas preenchidas por médicos brasileiros, nós vamos autorizar a vinda de
médicos estrangeiros.
Apresentador: Explica para
a gente como vai ser isso, presidenta.
Presidenta: Olha, Luciano,
nós vamos contratar médicos estrangeiros, bem formados, experientes, que falem
e entendam a nossa língua. Aí também estão incluídos médicos brasileiros que se
formaram no exterior. Esses médicos vão assinar um contrato com o governo
federal para trabalhar por, pelo menos, três anos nos lugares onde mais faltam
médicos. Antes de começar a trabalhar, esses médicos estrangeiros serão
avaliados por três semanas em nossas universidades públicas. E, durante os três
anos, eles serão supervisionados pelas universidades públicas que acompanharão
o programa. Nesse período, Luciano, eles vão trabalhar exclusivamente nos
postos de saúde, fazendo o atendimento básico da população. Quero repetir que
os médicos estrangeiros só vão ocupar as vagas que não forem preenchidas por
médicos brasileiros. Daremos prioridade aos nossos médicos, aos médicos
formados aqui no Brasil, que são altamente qualificados. Mas, infelizmente, não
existem em número suficiente para atender toda a nossa população. Isso
significa, Luciano, que ninguém vai tirar o emprego de ninguém. Aliás, a
contratação de médicos estrangeiros é muito comum em vários países que têm
excelentes sistemas de saúde, como é o caso da Inglaterra, onde 37% dos médicos
que trabalham lá se formaram no exterior. Nos Estados Unidos, por exemplo, onde
25% dos médicos que trabalham lá também fizeram os seus cursos fora daquele
país. Veja o contraste, Luciano, nós, aqui no Brasil, temos apenas 1,79% de
médicos estrangeiros.
Apresentador: E pode vir
médico de qualquer país, presidenta?
Presidenta: Olha, Luciano,
nós não vamos aceitar profissionais de países onde também haja falta de médicos
ou onde a proporção de médicos por habitante seja ainda menor do que nos
Brasil. Fora isso, estamos abertos a receber médicos de qualquer país, desde
que o profissional seja capacitado, com registro para atuar nos países onde se
formaram, com experiência em atenção básica e com conhecimento do português.
Mais médicos em nosso país, Luciano, significa mais saúde para a população Esse
é o nosso grande objetivo, e é para isso que estamos trabalhando com muita
determinação.
Apresentador: Maravilha,
presidenta! Agora, infelizmente, o nosso tempo chegou ao fim. Obrigado por mais
esse Café.
Presidenta: Antes de
terminar, Luciano, eu quero dizer que essa convocação de médicos para trabalhar
nas regiões mais pobres de nosso país é a resposta que estamos dando para o
problema da falta desses profissionais nas nossas unidades de saúde. Quem
precisa de atendimento médico não pode esperar e é por isso que estamos
autorizando a vinda de médicos estrangeiros. Trata-se de uma medida emergencial
para resolver um problema sério e urgente. Ninguém precisa temer, eu jamais
tiraria emprego de nossos profissionais ou arriscaria a saúde da população. O
que nós queremos, Luciano, é melhorar os serviços públicos que oferecemos à
população brasileira. Para isso, nosso governo não vai medir esforços.
Obrigada, Luciano. Uma boa semana para você, uma boa semana para os nossos ouvintes.
E até a semana que vem!
FONTE: cafeebccombr
A Presidenta Dilma não devia se esquecer dos Brasileiros que estudar na Bolívia, existe tanta bolsa (Presidiário,Crack)em fim, porque não tem uma bolsa estudante de Medicina na Bolívia? isso iria nos ajudar muito, mas o governo prefere abandonar os Brasileiros que não tem condição de estudar aqui no brasil, falando que os alunos daqui do Brasil são melhores, quem fala isso e porque não tem o conhecimento de como realmente são alguns acadêmicos de medicina aqui do Brasil,infelizmente profissionais de baixa qualidade são feitos em todos os lugares se a pessoa não amar oque faz não importa onde ela esteja nunca vai ser bom naquilo faz.
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