quinta-feira, 31 de março de 2016

MEDICINA: Médicos não podem receitar "pílula anticâncer", define Conselho de Medicina

Em audiência pública convocada pela Ordem dos Advogados do Brasil, o presidente do Conselho Regional de Medicina de São Paulo afirmou que o médico responsável pela prescrição da fosfoetanolamina sintética, cápsula conhecida como "a pílula anticancer", poderá ser processado e punido.


O Conselho Regional de Medicina de São Paulo (CRM-SP) pediu que médicos não receitem a fosfoetanolamina sintética, conhecida como "pílula do câncer", aos pacientes. O pedido veio acompanhado de um aviso sobre a possibilidade de cassação do registro profissional em caso de prescrição da substância sem autorização de algum órgão competente.

"A substância não é liberada para uso médico pela Anvisa, não é reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina e as pessoas não podem fazer uso de remédio que não for autorizado. Se houver denúncia (contra os médicos), o Conselho vai abrir sindicância para saber se ele tem autorização de algum órgão competente para usar a droga. O médico sofrerá o devido processo legal, que vai desde uma advertência até uma cassação", disse Bráulio Luna, presidente do CRM-SP em audiência pública realizada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) na quinta-feira.

Fosfoetanolamina sintética - A fosfoetanolamina é produzida em um laboratório sem qualificação sanitária para a produção de fármacos, no Instituto de Química da Universidade de São Paulo (IQSC) em São Carlos, no interior do Estado. A "pílula anticâncer" não tem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nem o laboratório possui autorização para trabalhar com síntese de medicamentos.
A única pessoa que fabrica a substância é um químico do laboratório no IQSC, Salvador Claro Neto, um dos detentores da patente da substância, junto ao professor aposentado Gilberto Chierice e outras quatro pessoas. Por 20 anos, o grupo produziu e distribuiu as pílulas gratuitamente para pacientes com diagnóstico de câncer, tendo como base estudos preliminares em camundongos.

FONTE:CREMESP, VEJA.COM

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comentários que contenham termos vulgares e palavrões, ofensas, dados pessoais (e-mail, telefone, RG etc.) e links externos, ou que sejam ininteligíveis, serão excluídos. Erros de português não impedirão a publicação de um comentário.