segunda-feira, 16 de setembro de 2013

MAIS MEDICOS: Dois médicos espanhóis e um brasileiro formado na Bolívia, integrantes do programa Mais Médicos, do governo federal, chegaram a Vitória ES

Sandro Alberto da Cunha é brasileiro, mas se formou em medicina na Bolívia. (Foto: Reprodução/TV Gazeta)
Sandro Alberto da Cunha é brasileiro, mas estudoumedicina na Bolívia. (Foto: Reprodução/TV Gazeta)
Estrangeiros e um brasileiro formado no exterior atuarão na Grande Vitória.
Segundo Ministério da Saúde, profissionais começam a trabalhar no dia 23.


Dois médicos espanhóis e um brasileiro formado na Bolívia, integrantes do programa Mais Médicos, do governo federal, chegaram a Vitória na manhã deste domingo (15). Segundo o Ministério da Saúde, os profissionais passarão por uma semana de adaptação, para conhecer a estrutura dos serviços públicos de saúde de cada local e as características específicas da população que vão atender. A previsão é de que os médicos passem a atuar a partir do dia 23 de setembro em Vitória, na Serra e em Viana. O Conselho Regional de Medicina (CRM-ES) negou o registro aos médicos formados no exterior e informou que vai aguardar uma decisão judicial.
A representante do Ministério da Saúde no estado, Beth Albuquerque, disse que a avaliação de português foi a última etapa do processo de acolhimento dos médicos. “Estamos saindo de três semanas de acolhimento, em que recebemos os médicos intercambistas. Esse processo envolveu não só a recepção, mas também um trabalho de intensa discussão da política nacional de saúde e também das questões da língua portuguesa. Todos foram avaliados e todos receberam nota suficiente de aprovação para exercer a atividade no nosso país”, garantiu.
Beth afirmou que, conforme consta na medida provisória, o Conselho tem 15 dias para a emissão dos registros. "São carteiras provisórias para o exercício na atenção básica. Não tendo ainda o Revalida, quem responde por esses médicos é o governo brasileiro. Toda a discussão e contestação relacionada ao CRM será tratada pelo Ministério da Saúde", concluiu.
O médico Sandro Alberto da Cunha é capixaba, passou 14 anos fora do país e agora volta para atender na Serra, região Metropolitana de Vitória. Ele estudou medicina na Bolívia e se especializou na Espanha. “Estive seis anos na Bolívia, fiz residência em medicina de família na Espanha e trabalhei no país como médico da família. Essa possibilidade de vir para casa depois de tantos anos é emocionante. Minha família sonhava que eu voltasse. O importante do programa é trabalhar com pessoas carentes, esse foi um grande atrativo para mim. Vim para ajudar o povo brasileiro e com a intenção de voltar para casa”, disse.
O médico espanhol Juan Luiz Ortiz Rubio trabalhava em Portugal antes de vir para o Brasil. Ele vai trabalhar em Vitória e afirmou que ainda não domina a língua, mas acredita que será simples atuar no Espírito Santo. “Ainda não entendo perfeitamente a língua, porque o português brasileiro é diferente do português de Portugal, mas acredito que vai ser simples atuar no Brasil. Viemos para fazer o que outros não queriam e já estou preparado para atuar no Espírito Santo há muito tempo. Escolhi participar do programa porque a situação da crise econômica europeia está muito dura e esta garantia é uma segurança por alguns anos. Minha expectativa é tratar os doentes, me especializar na medicina básica de saúde e ficar no Brasil”, declarou.
Registros
Conforme previsto na medida provisória que criou o Mais Médicos, os estrangeiros selecionados para atuar no programa atenderão no Brasil por três anos. Neste período, terão registro profissional provisório que lhes dará o direito de atuar exclusivamente na Atenção Básica e apenas nas cidades a que forem designados pelo Ministério da Saúde, com acompanhamento de tutores e supervisores.
O Conselho Regional de Medicina do Espírito Santo (CRM-ES) informou que ajuízou uma ação civil pública questionando a legalidade da medida provisória. Enquanto a Justiça não der um parecer, o CRM-ES não vai emitir os registros.
O presidente do órgão, Aloizio Faria de Souza, afirmou que o CRM-ES não é contra a vinda de médicos estrangeiros, mas só pode se responsabilizar por quem comprova conhecimento da língua e competência profissional para atuar na medicina.

FONTE: GLOBO.COM

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