Os grupos criminosos que
fraudavam vestibulares para o curso de medicina em todo o país cobravam valores
de até R$ 80 mil para realizarem o golpe. A Polícia Federal iniciou hoje
operação para cumprir 70 mandados de prisão de suspeitos envolvidos no esquema.
De acordo com as investigações,
que duraram um ano e seis meses, os vestibulares eram burlados de duas formas,
conforme a PF: os grupos tinham pessoas que faziam prova no lugar dos
candidatos verdadeiros, usando documentos falsos, ou passavam respostas de
questões por meio de equipamentos eletrônicos.
A primeira opção custava entre
R$ 45 mil e R$ 80 mil. Já o valor para a oferta de respostas, passadas por
gabaritos codificados, variava entre R$ 25 mil a R$ 40 mil.
Um desses grupos já atuava há
mais de 20 anos, segundo o delegado Leonardo Damasceno, chefe do Núcleo de
Inteligência Policial do Espírito Santo.
Saiba Mais
ESTRUTURA
Os "pilotos" eram os
responsáveis por fazer as provas no lugar dos candidatos ou responder às
questões rapidamente para enviá-las. Geralmente alunos de medicina de
instituições federais, ganhavam por gabarito feito (cerca de R$ 10 mil) ou por
candidato aprovado (R$ 5 mil cada).
Havia também os
"corretores", que "vendiam" a oferta de fraudes a
vestibulando. Muitos deles eram profissionais da área de saúde.
A PF ainda faz um balanço do
número de presos. A Operação Calouro é realizada em 10 Estados --Goiás, Minas
Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Tocantins, Rio Grande do
Sul, Acre, Mato Grosso e Piauí-- e no Distrito Federal. (JACYARA PIANES)
Fonte: Folha de S.Paulo
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