sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Mais uma Reportagem Preconceituosa!! Medicina forma no exterior e quer diploma validado


Resposta a Matéria Preconceituosa. 
Muito interessante a reportagem, apenas esqueceram de dizer que os "médicos despreparados" como afirma a matéria são submetidos a provas cada vez mais injustas. Para ter uma ideia em avaliações feitas pelo CREMESP no estado de São Paulo a grande maioria reprovou e mesmo assim conseguiu o CRM, isso porque não era obrigado a fazer o exame, ou seja, fez a prova apenas quem estava preparado, imagina em outros estados. O mais justo antes de avaliar a porcentagem de reprovações de diplomas médicos estrangeiros seria uma prova na mesma proporção de uma para avaliar os formandos aqui no Brasil, ou melhor, a mesma prova. Uma prova única onde todos os formandos no Brasil e no exterior fossem avaliados na mesma proporção. Não sejamos preconceituosos, o Brasil não é um exemplo de saúde, não podemos simplesmente descartar profissionais sem fazer uma comparação justa com os nossos por simples preconceito. Médicos no Brasil são quase ‘intocáveis’ enquanto a população espera por horas nas filas de hospitais públicos e particulares. Segue a reportagem...

Jornal do comercio Porto Alegre
Medicina forma no exterior e quer diploma validado
 23/11/2012
Saiba mais

Temos greve no maior grupo hospitalar público de Porto Alegre, erguido por empresário já falecido, e que foi encampado pelo governo federal há décadas. Pois ser médico, malgrado os problemas atuais da profissão, com a concentração em grandes cidades e os planos de saúde que intermediam os profissionais junto aos pacientes, continua a maior aspiração de pais em milhares de famílias brasileiras. Afinal, o clássico “doutor” mantém uma áurea e é o curso com mais anos na graduação, além da residência, embora não obrigatória. Mas, estão distantes os tempos em que os formados em medicina abriam um consultório na Rua da Praia, tornavam-se conhecidos, criavam clientela e tinham um padrão de vida superior às outras atividades. Tanto que o Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers) e o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) alertam para a proliferação de faculdades. Protestam contra a nacionalização de diplomas trazidos do Exterior, principalmente de Cuba e Bolívia. Para as entidades, estes profissionais, grosso modo, não têm o preparo que as faculdades nacionais proporcionam e, aí, a qualidade cai, em detrimento do paciente.
Mas eis que tem gente se formando em Cuba e na Bolívia e que está conseguindo registrar o diploma, para decepção das entidades de classe dos médicos. No Brasil, o governo federal decidiu centralizar a prova de certificação. Nesse caso, para atender a um lobby específico, o das famílias de jovens que cursaram medicina em Cuba e de partidos da base do governo, que encabeçavam o sistema de seleção para as vagas na escola de medicina do país de Fidel Castro, segundo noticiado. Evidentemente que com um viés ideológico que sabemos qual é, mesmo sem qualquer mestrado ou doutorado.
O Revalida, como é chamada a prova, foi criado em 2010 e é preparado pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Pesquisas Educacionais (Inep) e aplicado por 38 universidades públicas. A pressão por um processo de validação de brasileiros formados em medicina no exterior é antiga e começou com alunos que faziam a faculdade na Bolívia. Lá não é necessário vestibular, e a mensalidade custa, em média, um oitavo do valor praticado no Brasil. Calcula-se que cerca de 20 mil brasileiros cursem medicina na Bolívia. O governo nunca buscou uma solução, até 2005, quando o primeiro grupo de 40 médicos formados em Cuba estava para voltar ao País.
Não havia impedimento para que fizessem a validação do diploma, mas teriam de passar pelo mesmo sistema burocrático, caro e incerto de todos os demais que tentam o processo. A solução só veio cinco anos depois. Porém, o Revalida não se transformou em uma garantia de autorização para trabalhar no País. Na primeira edição da prova, em 2010, dos 507 inscritos, apenas dois foram aprovados. No ano passado, foram 677 candidatos e 65 aprovados. A avaliação, com uma prova com 110 questões objetivas, cinco discursivas e uma parte prática, cobra protocolos básicos de atendimento, tendo como foco o que é ensinado no Brasil, onde epidemiologia e doenças tropicais têm um peso forte. Vamos cuidar, ou aceitaremos cursos de medicina pela internet.

Fonte: Jornal do comercio Porto Alegre, Notícia da edição impressa 

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